Policial Clemerson Makayva quebra o silêncio e fala sobre incidente no Lava-Pratos de Nina Rodrigues

Sou Policial Militar do Batalhão Luis Fábio Siqueira - BP Choque, somos treinados e preparados pra agir em caso de necessidade e temos a obrigação de proteger as pessoas, salvar vidas. No último dia 04 (sábado) me envolvi em um incidente no encerramento do Carnaval - Lava Pratos da minha cidade Nina Rodrigues. Estávamos eu e minha esposa próximos ao Bar do Jorge (últimas barracas) quando passou um cidadão com uma faca tipo peixeira (arma branca) em direção a frente do palco, fui em sua direção, quando me deparei com o mesmo tentando esfaquear uma moça e um rapaz, sendo que eu no momento não tive conhecimento da identidade de nenhum dos envolvidos, a posteriore soube se tratar de um indivíduo de nome Charles (agressor) e Adriana da Mariquinha (Vítima).
A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé e textoAo intervir tentando manter o máximo o controle da situação dei um disparo pro alto, não cessando a agressão efetuei um outro disparo, desta vez, na perna do indivíduo que caiu ao solo soltando a faca, chamei o atendimento médico, quando o mesmo chegou, ao observar o aglomerado que se formava no local, me retirei por não me sentir em condições de segurança. Nossa profissão, os agentes de segurança, os médicos, e outras profissões de risco são milésimos de segundo para decidir o que fazer. Não temos tempo de consultar um dicionário, internet ou qualquer outro meio, temos que está preparados e agir. No nosso caso, podemos pecar pelo excesso ou pela falta, se não agir é omissão, prevaricação e se errarmos podemos comprometer outras pessoas. Peço sempre a Deus que me livre de alterações, mas que se elas aparecem que ele me dê sempre sabedoria para resolver, e ele me deu. Ele nos protegeu.
Agi em defesa de terceiro conforme art. 25 do código penal, o que é minha obrigação constitucional, e a legitima defesa é incondicionado, ou seja, você não precisa pedir e nem eu sua autorização pra lhe proteger ou lhe salvar.
Me perguntaram por que eu não chamei a polícia. Eu sou da polícia, somos policiais 24 horas por dia, e a polícia ostensiva estava muito longe do local, até por que os mesmos não são onipresentes.
Me perguntaram por que eu não dei voz de prisão pra ele, um individuo na situação em que o agressor se encontrava, totalmente embriagado, possivelmente drogado, não ia obedecer voz de prisão sem o uso da força.
Boletim de Ocorrência da vítima.
Me perguntaram por que eu não atirei nas costas ou na cabeça pra matar, e como disse no início somos treinados e preparados e a doutrina é clara a ação deve ser proporcional a ameaça, chama-se uso progressivo da força.
Pra quem achou que agi de forma errada, mesmo sem você entender nada de segurança pública, respeito sua opinião, mesmo me dando o direito de descordar, e saiba que faria o mesmo pra salvar a sua vida ou de alguém da sua família, por que fiz um juramento de lhe proteger mesmo com o risco da minha própria vida.
Feliz dia Internacional da mulher a todas as mulheres da minha Nina Rodrigues do meu Maranhão do meu Brasil.
Pela paz e pela ordem.
Choque.
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