Após 10 meses de debate, no processo mais longo já julgado pela Comissão de Ética da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou ao mandato de presidente da Câmara dos Deputados. Ele estava afastado por determinação do Supremo Tribunal Federal.
Ele escreveu uma carta que foi divulgada no início da tarde desta quinta-feira (07). Ele fez um pronunciamento anunciando sua saída definitiva do cargo.
Os aliados contavam com o sucesso da manobra de ontem, quando o parlamentar recebeu a ajuda do deputado Ronaldo Fonseca (Pros/DF) para reverter a decisão de cassação tomada pelo Conselho de Ética.
Fonseca, que além de deputado é pastor da Assembleia de Deus, foi relator do recurso apresentado pelo peemedebista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Ele decidiu acatar um dos 16 pedidos de Cunha e deu parecer pedindo uma nova votação no Conselho de Ética.
Líderes aliados ao peemedebista já haviam avisado o Palácio do Planalto sobre a decisão do presidente afastado de deixar o cargo.
A decisão de Cunha deixar o cargo em definitivo possibilitará a ele tentar reverter votos na CCJ e fazer o caso voltar ao Conselho de Ética para, quem sabe, salvar seu mandato. Em cinco sessões, a Câmara deverá ter um novo presidente.
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