A Polícia Militar informou que o 3º sargento Rubenilton Silva Leite, lotado na 14ª Companhia Independente em Buriticupu, pode ser excluído da corporação militar ainda este ano. Segundo a polícia, ele foi preso ontem em companhia de Fernando Félix dos Santos, de 22 anos, e Jone Marcos Junqueira, de 43 anos, durante mais uma etapa da operação Maranhão Mais Seguro, na cidade de Amarante, suspeitos de fazer parte de uma quadrilha especializada em arrombar banco. O bando estaria se preparando para explodir uma das agências bancárias dessa cidade esta semana, além de ser acusado de ter roubado agências nas cidades de Itinga e Grajaú no ano passado.
“Qualquer ato cometido pelo militar que desabone o decoro da classe pode resultar em consequências graves, como a exclusão dele da corporação”, afirmou o comandante da Polícia Militar, coronel Frederico Pereira. Segundo ele, ainda esta semana será aberto o procedimento administrativo para apurar o crime cometido pelo sargento Rubenilton.
O coronel declarou que esse tipo de procedimento será feito pela Corregedoria Militar. Ainda ontem, o sargento permanecia preso em uma das celas do 3º Batalhão da Polícia Militar, em Imperatriz, mas há a possibilidade de ele ser transferido para o presídio militar, conhecido como Manelão, na sede do comando geral, no Calhau. “O sargento vai responder na esfera militar e na Justiça comum, ou seja, serão dois processos contra ele”, disse o coronel.
Prisão
De acordo com as informações do titular da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), o delegado Thiago Bardal, desde a semana passada, uma equipe composta por policiais militares e civis está realizando no interior a terceira etapa da operação Maranhão Mais Seguro com o objetivo de coibir a onda de violência, principalmente roubo e explosões de banco.
O delegado informou ainda que na madrugada de ontem, os policiais faziam uma barreira na MA-122, estrada que liga Imperatriz a Amarante, e ao abordarem o veículo do sargento Rubenilton, um Corsa Classic preto, de placas NLD-8338, encontraram um farto material usado para arrombar banco, como maçaricos, cilindros de gás, bateria de carro, uma pistola ponto 40, munição de vários calibres, soldas, alavancas, furadeiras, além de luvas e roupas camufladas.
Bardal disse que o sargento, além de estar com o material, servia como batedor para os outros integrantes da quadrilha que estavam em outro veículo, um Prisma branco, de placas PSL-6497. Neste carro, a polícia encontrou várias luvas pretas, capuz e roupas camufladas.
O sargento foi preso, assim como Fernando Félix e Jone Junqueira, mas outros dois bandidos conseguiram fugir. Eles foram levados para a Delegacia Regional de Imperatriz e autuados em flagrante pelos crimes de organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e, segundo o delegado, serão investigados sobre outros assaltos a bancos no Maranhão, Tocantins e Goiás.
O ESTADO MA
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