Representantes da Comissão de Fiscalização do Conselho Federal de Engenharia e Agranomia (Confea) chegaram a São Luís, na quarta-feira (25), para apurar a responsabilidade de engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) pela liberação do funcionamento do Golden Park.
No mês de setembro, a comerciária Luzivânia Brito, de 39 anos, e a filha, 8, foram arremessadas do “Polvo” depois que a trava de segurança abriu com o brinquedo em funcionamento. A mãe não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão 1), uma semana após o acidente. A menina teve ferimentos leves.
A comissão formada por dois engenheiros agrônomos e um advogado chegou por volta de 9h à sede do Crea.
Os conselheiros federais estão apurando se houve irregularidades na conduta de oito profissionais, que assinaram documentos atestando a segurança e o funcionamento dos brinquedos do parque.
“Vamos verificar, inicialmente, se todas as atividades do parque tiveram profissionais ou responsáveis técnicos e se essa responsabilidade está caracterizada com registro ou documento comprobatório junto ao Crea”, explica o presidente da comissão, Antônio Carlos Albério.
Providências
A vinda dos conselheiros federais foi motivada por denúncia feita por outros engenheiros do Crea. Os investigados serão interrogados pela Comissão de Fiscalização do Confea.
“O que a gente quer é que seja feita a transparência de todas as ARTs (Anotações de Responsabilidades Técnicas), de todos os profissionais que estão registrados e habilitados dentro do conselho pra desenvolver suas atividades, porque a Lei 5.194 fala do exercício ilegal da profissão. É o profissional que não está adimplente com o conselho ou que presta serviço a terceiros, a pessoa física ou jurídica”, explicou o engenheiro Alcino Araújo de Nascimento.
Após o acidente, o parque instalado no Anel Viário foi interditado. A polícia informou que já indiciou criminalmente o proprietário estabelecimento, que não teve o nome divulgado, e o presidente do Crea, Cleudson Campos Anchieta, que liberou a instalação do parque.
Outro caso
Em agosto de 2014, um jovem de 26 anos morreu em um acidente com um brinquedo no Golden Park, em Fortaleza. Tiago Fernandes não resistiu ao traumatismo craniano encefálico depois que uma roda gigante de cerca de 20 metros tombou. Ele ficou preso às ferragens e chegou a receber recebeu os primeiros atendimentos de uma equipe de salva-vidas da empresa, mas não resistiu.
JORNAL PEQUENO
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